Dirofilariose canina: sintomas, transmissão e prevenção

Você já ouviu falar da Dirofilariose canina? É popularmente conhecida como a doença do verme do coração. Se trata de uma doença parasitária cardiopulmonar que afeta principalmente os cães, é uma doença silenciosa e por isso ainda mais grave. Uma vez no organismo do seu cão, as larvas do Dirofilaria immitis são transportadas pelo sangue, até que se instalam no coração, começam a se desenvolver e a se reproduzir, esse excesso de vermes no organismo do animal pode bloquear os vasos sanguíneos dele levando à falência de órgão e causando a morte.

Transmissão

O agente causador da Dirofilariose canina é o Dirofilaria immitis, um parasita que é transmitido através da picada de mosquitos como o Aedes Egypti, Anopheles e Culex, que uma vez que tenham picado outro hospedeiro infectado, transmitirão ao seu cão esse parasita. As transmissões costumam ocorrer em períodos mais quentes e principalmente em regiões litorâneas, mas todo cuidado é pouco, como bem sabemos esses mosquitos estão muito presentes também em outras regiões do país, ainda que bem distante do litoral, e por isso mesmo essa doença é vista nesses locais também.

Após o mosquito infectado picar seu cachorro, as larvas vão migrando pelo tecido do corpo do animal, indo em direção ao coração e aos vasos sanguíneos do pulmão, onde os vermes se tornam adultos. O que agrava essa doença é o fato de não apresentar sintomas inicialmente. A doença não poderá ser detectada nem mesmo por exames de sangue antes do período de 6 a 8 meses após o cão ser infectado, isso porque esse será o tempo que elas levarão para chegar na corrente sanguínea periférica.

Sintomas

Essa doença é de difícil diagnóstico, e inicialmente costuma ser assintomática. Mas, com a progressão da doença os sintomas podem começar a surgir no seu cão:

• Tosse seca;
• Febre;
• Intolerância ao exercício;
• Fraqueza;
• Respiração acelerada;
• Aumento do volume e distensão abdominal;
• Emagrecimento repentino.

Tratamento

Esteja sempre muito atento ao comportamento de seu pet e qualquer mudança procure seu veterinário de confiança imediatamente, o quanto mais rápido a doença for diagnosticada e o tratamento iniciado, maiores as chances de seu cachorro sobreviver. Para identificar a Dirofilariose vários exames serão realizados, dentre eles, análises de sangue, ecocardiograma e o teste Elisa.

É possível realizar o tratamento através de adulticidas e microfilaricidas. Para passar pelo tratamento com adulticida o cão precisará estar em condições físicas adequadas devido ao risco de embolia pelos vermes mortos. Caso seja detectado bloqueio da veia Cava, a cirurgia será necessária para a remoção dos vermes adultos e reestabelecimento imediato do fluxo sanguíneo.

Prevenção

Prevenir sempre foi e sempre será o melhor remédio, imagine então quando estamos falando de uma doença tão grave e ainda silenciosa. Quanto mais as pessoas cuidarem de suas residências a fim de evitar o aparecimento desses mosquitos menor o risco não apenas para os cães, mas também para os seres humanos, o Aedes Egypti que é o transmissor de doenças como a dengue, Zika e Chikungunya, por exemplo, traz sérios riscos para toda a população.

Porém, mesmo fazendo nossa parte, é difícil controlar o que ocorre ao nosso redor. Por isso, a boa notícia é que já existe vacina para proteger seu cão da Dirofilariose canina.

Antes de falar da vacina, vamos falar de outras alternativas que também estão disponíveis para a proteção dos pets.

Microfilaricidas e adulticidas –vermífugos específicos para microfilárias e vermes adultos. Se trata de medicamentos com doses mensais para a prevenção da Dirofilariose.

Coleiras antiparasitárias –elas ajudam a repelir os mosquitos a fim de impedir a contaminação do animal. A coleira não pode ser usada em filhotes com menos de 3 meses de vida. E, devem ser substituídas a cada 4 meses.

Vacina

ProHeart SR-12 - se trata do antiparasitário injetável, e é indicado para cães a partir do sexto mês de idade para a prevenção anual. Fique atento, para que seu cão esteja protegido contra o verme do coração, não deixe de realizar a aplicação da vacina a cada 12 meses.

Se você tem gatos em casa, também fique atento, ainda que a doença do verme do coração seja mais comum em cães, ela também pode acometer os felinos.

E, não deixe de realizar visitas regulares ao veterinário. Jamais espere seu pet adoecer para procurar socorro, previna o máximo possível. Não fique com dúvidas, seu veterinário estará sempre pronto para esclarecer suas dúvidas e cuidar do seu animalzinho.