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Leishmaniose Quais são as causas, como identificar, prevenir e tratar

14/07/2021 - por Agência LevelX

A leishmaniose é uma zoonose, pois se trata de uma doença que pode ser transmitida entre animais e seres humanos. Estamos falando de uma doença grave tantos para seres humanos como para os pets, por isso, quem tem cães e gatos em casa deve estar atento para manter seu bichinho e também sua família em segurança. A leishmaniose canina, também conhecida como calazar, é uma infecção parasitária ainda pouco falada, mas se trata de um problema sério, que se não for tratado pode levar à morte. Mas, calma, o que você precisa é ter conhecimento dessa doença para assim poder estar atento e manter seu bichinho de estimação e sua família protegidos.

Há alguns anos era comum que cães diagnosticados com a doença fossem sacrificados a fim de evitar surtos entre outros animais e entre seres humanos.

 

Mas, como será que ocorre a transmissão dessa grave doença?

A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito flebótomo, mais popularmente conhecido por mosquito-palha. Esse mosquito frequentemente encontrado em regiões quentes e úmidas, ao picar um doente (pets ou seres humanos) adquire a larva do parasita causador da leishmaniose presente no sangue do hospedeiro infectado e depois transmite a doença ao picar uma pessoa ou animal saudável. A doença somente é transmitida dessa forma, não havendo contágio direto do homem para os pets ou vice-versa. Embora mais comum em cães, a doença também já foi identificada em gatos domésticos, a leishmaniose felina.

 

Cuidados preventivos

O mosquito-palha gosta de lugares com acúmulos de matéria orgânica, como galinheiros, fezes de animais, vegetais em decomposição e quintais com restos de folhas e frutos apodrecidos. Por isso, mantenha todos os ambientes sempre limpos para afastar a presença desse mosquito, pois esse inseto bota seus ovos em lugares úmidos e sombreados, onde há fonte de alimentação para as larvas que eclodirão.  

As picadas costumam ocorrer com maior frequência no final do dia, por isso, se você vive em regiões onde a presença do mosquito-palha é mais comum, procure evitar de passear com seu cãozinho no entardecer ou à noite. Se você mora em regiões propensas a presença desse flebótomo, também é aconselhável instalar telas finas que impeçam a entrada desse inseto nas portas e janelas, evitar o acúmulo e embalar bem o lixo, manter a grama baixa e realizar frequentemente a poda de árvores. Outra forma de prevenção são as coleiras repelentes desse mosquito que podem ser colocadas nos cães, elas repelem e matam o mosquito transmissor, mas fique atento pois estas coleiras devem ser trocadas a cada 4 meses. E, existe também a vacina com três doses iniciais e depois um reforço anual.

 

Identificando a doença

Mesmo tendo todos esses cuidados preventivos, sabemos que nada é 100% seguro, por isso, esteja muito atento se seu amigo de quatro patas apresentar sintomas como: lesões na pele (em especial face, focinho e orelhas), crescimento exacerbado das unhas, emagrecimento, perda de apetite, diarreia, vômito, febre, sangue nas fezes, hemorragias nasais, queda do pelo, apatia, aumento do volume abdominal (nódulos e caroços pelo corpo que são inflamações dos gânglios linfáticos), anemia e perda dos movimentos das patas traseiras.

 

Diagnosticando

Se notar algo suspeito não fique esperando o agravamento dos sintomas, afinal de contas estamos falando de uma doença grave que conforme avança compromete a imunidade e atinge os órgãos, podendo ceifar a vida de seu animalzinho, e também ser transmitida para a sua família através da picada da fêmea do mosquito-palha. Ao notar os sintomas da leishmaniose canina, procure imediatamente o veterinário de sua confiança. Somente por meio de exames clínicos, laboratoriais e quando necessário até mesmo o imprint de feridas, será possível identificar ou descartar se seu pet está ou não infectado.

 

Tratando a doença e mantendo seu pet e sua família seguros

Uma vez comprovado que o pet está com a leishmaniose canina, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, pois sem o tratamento adequado os parasitas começam a atacar as células de defesa do hospedeiro, podendo ocorrer o crescimento do baço e do fígado, comprometendo os glóbulos brancos e as plaquetas

Por se tratar de uma doença crônica, o pet precisará ser acompanhado por toda a vida. Mesmo com o tratamento o cachorro permanece com o parasita em seu organismo, mas a medicação diminui a carga da doença permitindo que o animal tenha uma vida saudável e sem apresentar sinais da doença. Com o tratamento seu pet também deixa de ser um hospedeiro transmissor.

Como vimos, hoje em dia já existe tratamento e os cães não precisam mais serem sacrificados como ocorreu durante muitos anos, afinal de contas, precisamos lembrar que assim como os seres humanos, os animais também são vítimas dessa doença e não os causadores dela. Por isso, tenha os cuidados preventivos a fim de manter o mosquito-palha bem longe de sua residência. Porém, se perceber qualquer sintoma em seu pet procure imediatamente o veterinário. Se informe sobre os sintomas em seres humanos e também fique atento, afinal estamos falando de uma zoonose.

Se seu pet for acometido por essa doença, fique calmo e siga o tratamento recomendado por seu veterinário de confiança. Uma vez infectado, seu amiguinho precisará ser acompanhado por toda a vida, mas o tratamento garantirá a ele uma vida saudável, e também garantirá segurança para a sua família visto que ele não será mais um hospedeiro transmissor.  Só não deixe de realizar o tratamento, pois se não for tratada adequadamente a leishmaniose pode ser fatal em até 95% dos casos.

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